quinta-feira, 31 de março de 2011

e...

...por hoje é só pessoal!!
Assim que encontrar mais arquivos no computador, publico aqui!
Se lembrarem de algo, me mandem email!!
Bjs,
Nádia

1º Encontro Nacional da Vazaiada

Nos tempos da brilhantina

A VAZAIADA visitando o tio Loso no hospital!

Vô Zé Vaz e Vó Nair

Almoço na casa da Vó!

Ane, Giselle e Plínio

Michele e Tina
Vó Nair ao centro com duas amigas.

Vó e Vô com a filharada, genros, noras e netos!

Geração Paz e Amor!

Contribuição da Docinho...também conhecida como Tosa!

Hoje eu recebi um recado da informante oficial da Família Vaz, a Tosa... ela ligou pra cá falando pelos cotovelos ( TOSA NÓS TE AMAMOS!!!! E TE ESPERAMOS EM JULHO!!!) e alugou minha secretária (a Érika) por um bom tempo, o problema é q ela resolveu contar uma historinha pro nosso BLOG que a mãe já havia contado e já tinha sido escolhida para dar o ar de sua graça neste espaço tão concorrido da Família... Tem problema, não, TIA TOSA... adorei saber que você está visitando esse BLOG com frequência e ainda por cima, vasculhando na memória, histórias e contos da VAZAIADA...

Vamos ao que interessa...

Diz a lenda que o Edir chegava cansadinho do trabalho e só tinha tempo de tomar banho, jantar e sair para estudar... como o que não faltava na casa da vó era mulher pra fazer comida, e como a mãe e a Rosilda são as irmãs mais velhas, era natural que elas fossem as encarregadas de preparar a comidinha do nosso tio bonitão... conta-se ainda, que o Edir gostava de "comida com caldinho" (que meigo.. ainda hoje ele se arrisca na cozinha... no Natal foi dele o prato principal: leitão na pururuca, vcs precisavam ver o Edir esturricando o coitadinho do leitãozinho...), pois bem, a encarregada da noite de fazer o tal "caldinho" na carne era a Rosilda... pica aqui, refoga ali e... o extrato de tomate acabou!!! E o Edir já está chegando...  O que fazer?!?! E o caldo da carne?!?! E a Rosilda não pensou duas vezes, correu pro armário e pegou um pacotinho vermelhinho e despejou na panela... não, não era sazon!!! Acreditem se quiser, era KI-SUCO!!!!!! (pra quem não sabe ou não se lembra, KI-SUCO era o suco em pó oficial da casa da D. Nair!!!)

As gêmeas, Romilda e Rosilda aos 15 anos!

E com a palavra...a Rony!!

Sobre o caso do sofa, quando se formou a fila para saber quem era o culpado, eu ja vi na testada Eline, que era ela. Estava branca como cera, ou melhor, transparente. Nao pude fazer nada,pois sabia que ela era levada de nascença. Fazer o que?
Agora, a Erika te contou a historia de quando ela quis ficar branca como a Eline?
Entao ai vai.
Quando a Eline nasceu, a Erika tinha 2 anos e vivia dizendo que a Eline era branca como uma "tauira", traduzindo: taruira ou lagartixa.
Um belo dia, estava eu entretida em lavar as roupas das pequenas sapecas, quando dei pela falta da Erika, que quando ficava muito tempo calada ou sumida, era porque estava fazendo travessura.
Chamei por ela e nada, silencio total. Procurei entao por toda a casa, ou melhor dizendo "barracao" que so dinbha 3 comodos e encontrei a neguinha escondida dentro do banheiro, e qual nao foi minha surpresa quando a encontrei totalmente branca dos pes a cabeça.
Sabem o que ela fez? passou pomada minancora por todo o corpo, e quando perguntada por que fez aquilo, me respondeu na maior inocencia que queria ficar branca como a Eline. Eu nãosabia se ria ou chorava, mas a verdade eh que demorou mais de 3 dias para tirar toda a pomada do corpo dela.
Esta neguinha, sempre aprontando!!!!!
  
Beijos,
Espero que explore esta estoria.

A fama!

Por quê?!? Por quê todas as histórias contadas no Vazaiada são sobre a Érika e Eline?!? Por que só se fala nelas?!?! A vó teve 12 filhos e trocentos netos, por quê, por quê?!? A explicação é clara como a água potável... 

Primeiro: A Érika está passando uns dias aqui em casa e como sempre rende muitas histórias... ela e a memória de elefante dela... A Eline pega carona nas histórias, aliás, a Eline é um capítulo à parte nessa família, eu ainda vou escrever as pérolas ditas por ela na infância... 

Rony, também conhecida
 como Menininha.
Segundo: Quem nessa família já passou pelo que elas passaram?!? Elas têm histórias que não acabam mais...A Menininha (pra quem não sabe, a mãe da Érika, Eline e do Pedro Henrique...) ligou aqui pra casa essa semana e reclamou q o nome dela ainda não havia aparecido em lugar nenhum nesse BLOG e de quebra já contou mais uma das estripulias da Érika... 

Imaginem como nosso BLOG está ficando importante...uma ligação lá dos EUA só pra contar um causo pro Vazaiada... Como diz a Érika: “Isso é chique no último!!”. Pois bem, eu já havia me esquecido dessa história hilária da Érika, mas minha correspondente internacional resolveu o problema... Quem se lembra da frase “Siga aquele ônibus!!!”??? A dona Eriquinha estava fazendo sua primeira viagem sozinha de Belo Horizonte para Cel. Fabriciano e já avisada pela Menininha (viu, apareceu de novo...), que conhece a filha que tem, ela deveria ficar com os tíquetes da bagagem á mão assim q chegasse na super-ultra rodoviária de Cel. Fabriciano... Sabe-se lá o que passou pela cabeça da Érika e ela simplesmente esqueceu de pegar as bagagens assim como o pai dela esqueceu de busca-la na rodoviária (tal pai, tal filha, aliás, vcs sabiam que a Érika já foi esquecida no colégio?!? Freud explica...). Pois é, sabem o que ela fez?!?! Quando ela se deu conta de que as malas não estavam com ela e que o ônibus tinha acabado de sair, ela corajosamente entrou em um taxi e gritou: “Siga aquele ônibus!!!” E começou uma perseguição jamais vista nas ruas de Fabriciano, eles furaram os dois sinais vermelhos existentes na cidade e cantaram pneus... Lembram que eu falei que ela fez o filme 007, então, ela já estava ensaiando para ser espiã em Hollywood... E lá vai a Érika desesperada em um táxi com um motorista se desdobrando de rir atrás de um ônibus que já estava a caminho de outra cidade... ela até que conseguiu pegar as malas, mas ainda teve cara-de-pau de chegar de táxi na casa da vó e pedir pra ela pagar a viagem...Agora me respondam: Vcs já passaram por momentos James Bond como esse?!? Então, é por isso que ela tem lugar cativo nesse BLOG...

Texto de 2003

Até o Sérgio!!

Vocês conhecem aquela do Sérgio todo metidão na praça de alimentação de um shopping, com um celular na mão, andando de um lado pra outro fingindo que falava ao telefone, isso tudo pra fazer média com “umas gatinhas” e de uma hora pra outra, enquanto o “papo” esquentava, o telefone...TRIM... TRIM... TRIM...
Primos.
Atrás: Danilo, Ane, Sérgio.
No meio: Sâmara, Thiago, Júnia.
Na frente: Gustavo.

Mais uma. Cenário histórico mundial: Guerra no Iraque.

Imaginem a Érika e Eline tranquilamente passeando pelas ruas do centro de Belo Horizonte. De repente elas viram uma esquina e avistam uma multidão correndo na direção delas e ficam sabendo que um Mc Donald’s está sendo depredado como resposta aos ataques dos EUA contra o Iraque... as lojas estão fechando suas portas com medo de saques... elas correm junto com a multidão... a Eline vira e entra em uma loja para se proteger... a Érika vê e entra também, mas... recebe uma “portada de ferro” bem no nariz...
MORAL DA HISTÓRIA: Não enfie o nariz onde você não é chamado!!!
Obs: Nossa heroína passa bem, e a manchinha em cima do nariz já está clareando...
Erikota iniciando seus passos no
cinema americano

Mais um texto de 2003

Esse BLOG tem sido muito bom para a família Vazaiada, não estou falando isso só pq fui eu quem criou esse espaço, até pq eu já sei q eu sou o máximo!! ;o)) Mas pq relembrar momentos assim é sempre importante para uma família, principalmente quando ela é muito grande e literalmente está espalhada pelos quatro cantos da Terra... Tem sempre alguém aqui em casa lembrando de alguma história e perguntando se já entrou no BLOG... Hoje minha mãe perguntou se já havia escrito a história da Eline com a lendária frase: “Ô, EUA, me passa o milk...” Quem não conhece a família Vaz, ou parte dela, talvez não entenda o que é dito aqui, mas vale a intenção, se vc tiver a oportunidade de nos conhecer, não perca tempo: NÓS SOMOS O MÁXIMO!!! Tem um casal amigo nosso que mora em São Paulo, Assad e Soraya, que são tão parecidos, tão espalhafatosos (hehe) quanto a gente, que nós já os consideramos parte da família, e eles tbm!!! Eles nos chamam de “Família Buscapé”, o que cai como uma luva... Aliás, a primeira vez que fomos chamados assim foi quando estávamos participando de uma convenção da ADHONEP no Riocentro e alugamos um “apertamento” lá pertinho e empilhamos uma pequeníssima parte da Vazaiada, eram 7 pessoas aqui de casa e mais a Losa com a prole, e a pedidos, o Sandro, um missionário de SP. Tudo estava indo bem (barulhento...), quando numa manhã ensolarada, o povo se arrumou e partiu em pequenos grupos para o evento... enquanto uma parte ia à frente, atravessando o imenso estacionamento, cada qual com sua pastinha e crachá, ouve-se um grito: “Romildaaaaaa!! Você pegou minha pastaaaa!!” Quando olhamos pra trás, lá vem a Losa, vindo em nossa direção e o Sandro desviando pro ladinho tipo “não-sei-quem-é-e-não-conheço”... No último dia ele disse que tinha gostado de nos conhecer e nos brindou com esse apelido “Família Buscapé”, que repito: Caiu como uma luva...
Nossa querida Tia Losa!!

Quando a Elisa era pequenininha...

Júnia e Elisa

Nossa casa agora está “chique no úrtimo!!!” O pai mandou sintecar o piso dos quartos e por quase uma semana a casa virou uma favelinha empoeirada... Depois de raspar todo o chão e juntar o pó-de-serra em sacos de lixo, a Elisa perguntou pro pai o que era aquilo. Na cabeça dele passou um “como explicar pra ela que aquilo era pó-de-serra???” Se ele falasse assim, ela ia fazer um monte de perguntas do tipo “o que é serra??” ou quando ele explicasse viria um “mas eu não vi ninguém com serra aqui...” e por aí vai... O pai resolveu falar que aquilo era pó-de-madeira, ela pediu pra ele abrir o saco pra ela ver... ela olhou, olhou e exclamou : “ Ó vovô, parece pó-de-serra!!!!”

Coisas de homens

Me desculpem os homens que visitam esse BLOG, mas: Homem fica muito bobo quando está apaixonado!

Nádia na época do cabelo bom,
na fase de modelo!
A caixa postal do meu celular foi invadida por musiquinhas como “ô menina deixa disso quero te conhecer, vê se me dá uma chance, tô afim de você, tô afim de você”  (“voxê” quando cantada pelo pirralhinho famoso...). Fora a mensagem em que o garoto fala “adorei te conhecer”, ou a melhor parte: “você é linda demaaaaaissss” (obrigada, eu sei que sou!!!), muito engraçado, só ouvindo pra rir, depois de carregar bastante o carioquês dele no “demaaaaaissss” ele fica fazendo uns barulhos estranhos... Cômico!!!! Só existe um pequeno probleminha: As mensagens não são pra mim!!!!  São pra uma tal de Eliana, que muito esperta, deu o número do meu celular, no mínimo pra despachar o garoto, que pela voz, deve ser um adolescente... e segundo as informações da detetive Júnia, mora em Duque de Caxias... vai ver é por isso, se pelo menos morasse na Barra da Tijuca!!!! Ele ligou diversas vezes pra deixar mensagem e na única vez em que eu atendi falei pra ele que não tinha nenhuma Eliana naquele número, mas eu acho que ele não acreditou, pq foi depois disso que ele ligou pra cantar essa musiquinha teen... É, eu tenho que aprender a conviver com a minha beleza e simpatia...

Beijão pra vcs!!
Texto de 2003

Contos da Vazaiada!!

A primeira história é um misto de drama, comédia, suspense, mas acima de tudo é para relembrar deliciosos momentos que já passamos juntos... Esperamos que gostem!!! E aceitamos sugestões de histórias passadas com a trupe vazaiada!!!
Um super beijo para todos vocês!!!!
Quem rasgou o sofá?


Júnia, Érika e Eline
Era um dia quente de verão no fim dos anos 80. O calor fazia com que as crianças ficassem todas alvoroçadas, correndo de um lado para o outro e derrubando tudo o quanto fosse possível nesta vida. Os adultos acomodavam as bagagens nos quartos enquanto a Vó Nair, dona da casa, acompanhava tudo de seu quarto, deitada na cama, dando ordens e fazendo observações.

As mulheres se dividiam entre a cozinha e o banho da molecada porque "minino melequento de suor na mesa não!!" Para variar a ala adulta masculina não fazia nada a não ser reclamar a cada 10 minutos da comida que não estava pronta, com exceção de alguns que saíam sorrateiramente para um cochilo em algum cantinho supostamente sossegado da casa. Era assim que começavam as férias de fim de ano da Vazaiada: uma muvuca de gente. Tinha a Tosa fazendo forrobodó e rosca e pão que num acabava mais, a Rosilda chegando com um saco enorme de castanha-do-pará, a primaiada na maior bagunça e o Gilson andando de um lado pro outro cantaaaaaando um monte de hino da harpa... barulho, barulho, barulho, muito barulho e "vâmo parar com essa correria agora!! Ô Claudio Henrique, larga isso...", a Tosa apelando em vão...

E foi neste mesmo ano que o Loso deu um jogo de sofá novinho pra vó, que passou a ser a menina dos olhos dela, era um tal de "meu sofá pra cá, meu sofá pra lá... desce daí menino, pará de pular no estofado"(minha vó era chique, chamava sofá de "estofado"!!!). E foi o pobre e indefeso sofá que sofreu as trágicas conseqüências de uma empolgação infantil...

Enquanto as crianças brincavam e aprontavam, meus tios conversavam "tranquilamente" na sala, acomodados na novidade da casa. Pra variar a conversa estava quente, todos querendo falar ao mesmo tempo, e de vez em quando a Tosa comentava alguma coisa da cozinha, acompanhada de novos comentários da mulherada que cortava, picava e ralava pro almoço ficar pronto logo... E seguiam com histórias novas e com as velhas também, de novo, de novo... até que:

- O sofá tá rasgado... - disse um dos tios em tom despreocupado.

A Tosa vem toda esbaforida da cozinha com uma faca na mão e falando alto:

- O quê?!?!? O sofá novo rasgado?!? Mas como aconteceu isso meu Deus?!?!

- Uai! Será que tem rato aqui em casa?

- Claro que não, né Romilda, deve ter sido uma das crianças... olha só esse corte, parece que foi feito com tesoura ou faca...

E a vó, escutando do quarto a conversa pela metade... "sofá?!?! Rato?!? Faca?!? Quem cortou um rato com a faca no sofá?!?!"

Nádia, Romilda e Vó Nair
E ouvindo isso, o Loso Sherlock Holmes entra em cena... ele passa a mão no rasgo do sofá e num cantinho, escondidinha entre a almofada de assento e o encosto ele vê abandonada a arma do crime... E num tom pomposo concluiu:

-Foi uma faca de mesa, olhem só! - E mostra o objeto para todos na sala. Os adultos se entreolharam aterrorizados. À sua maneira, cada um penalizado com o cruel destino do sofá novo, tentava imaginar qual mente seria astuta e louca o suficiente para ceifar os sonhos do pobre "estofado" e ainda largar a arma no local do crime... E a D.Nair sem entender nada...

Num súbito de bravura cada mãe tentava defender seus filhos e consequentemente a educação que elas diziam ter dado a eles...e o Loso insistia que "a faca não tinha saído da cozinha e cortado o sofá sozinha... tinha que ter sido alguém." Foi aí que ele propôs enfileirar os suspeitos e submetê-los à prova do "coração-acelerado-de-quem-fez-coisa-que-não-devia"... E lá se foi um tempão juntando a criançada que insistiam com "não fui eu!! Não fui eu!!"

Suspense... a fila já estava formada... as crianças de olhinhos arregalados... as mães preocupadas com a vergonha e os pais e a conta do sofá novo, torcendo pra que não fosse um filho seu... os solteiros esperando a solução do caso... uma a uma o Loso ia colocando a mão nos coraçõezinhos e anunciando que a criança que estivesse com o coração acelerado seria a culpada!! Mais suspense...medo...pavor...e...a fila encurtando... algumas mães aliviadas, outras nem tanto... e lá no fim um coração em ritmo acelerado...a fila encurtando, encurtando e... um grito: "FOI VOCÊ ELINE?!?!?!"

História: Érika Marise Colaboração: Nádia Vaz
Texto inicialmente publicado em 2003

Piquenique Tupiniquim

Já faz muito tempo, acho que uns doze anos, mas me lembro de alguns detalhes daquele dia. Bem antes de Lidiane se aventurar nas terras da Índia ou mergulhar  nas águas da Tailândia ela já testava seu lado Indiana Jones fazendo os primos mais novos de cobaia. E a idéia do piquenique, foi de Miss Anne. Mas é claro, quando envolve membros da Vazaiada, tudo fica diferente. Deixe-me explicar...

Estávamos de férias na casa de Vó Nair. Fim de ano, molecada solta, correndo e brincando e suando....e quando parecia ser impossível de  inventar  mais alguma bobagem pra se fazer,  “Lidiane Jones” entrava em ação.

Nossa avó morava em um bairro construído há pouco mais de oito anos na época. Era um bairro com casinhas parecidas umas com as outras, uma padaria , uma farmácia, um centro social (onde se localizava o posto de saúde) e um conjunto de prédios de quatro andares, todos iguais, que se dispunham bairro adentro, e sob as ladeiras iam subindo até o ponto final do ônibus que fazia o itinerário do bairro. Mais acima chegávamos á caixa d’água, um lugar cinza e esquisito onde nada mais havia a não ser a própria caixa d’água. Ah, vamos falar sério...que melhor lugar poderia ser o cenário para a aventureira trupe de “Lidiane Jones” fazer um piquenique?

Não, não estou brincando...isso é sério!

E começou a confusão. A Lidiane teve a idéia do passeio, todos os pais concordaram, as tias começaram a preparar as guloseimas, pão com lingüiça ,limonada, (nota da Nádia: teve suco de laranja, cenoura e beterraba!!) café com leite na garrafa térmica, biscoito de polvilho, biscoito recheado e tudo mais que pudesse ser feito e digerido. Ah, e não poderia faltar água ,claro! Tudo embalado e dentro das mochilas, lá fomos nós em nossa aventura na selva de pedra. Mas falta lembrar que a casa de vovó era lá embaixo, na parte plana do bairro, o que fez com que tivéssemos que andar um bocado.

O sol estava quente á bessa e nossas camisetas começavam a ficar molhadas de suor... À frente da expedição, “Lidiane Jones” ia firme e concentrada para que tudo seguisse bem. De vez em quando dava uma ordem ou outra (mais uma nota da Nádia: mandando, pra variar!!), falava sobre lugares que gostaria de conhecer algum dia, ou simplesmente parava pra chamar a atenção de um primo que estivesse se comportando mal.

E  continuávamos a subir a “ladeirinha”. O Tom enchia a paciência de todo mundo com a tal da bicicleta que ele insistiu em levar só pra dar uma de “bonzão” e que na hora em que a “bike” começou a pesar pro lado dele o cara quis empurrar o fardo pra outro,  o Danilo e o Sérgio rindo do Tom . O Igor, a Eline e a Júnia “viajando na maionese” com suas histórias mirabolantes... Nádia e eu  na cola da Lidiane e da Gisele e o resto da molecada só dando trabalho para os mais velhos!

E assim fomos seguindo até chegarmos á caixa d’água.

Quando já estávamos nos preparando pra sentar e lanchar alguém disse:

- É só isso? Só essa caixa d´água sem graça? Ah não, que “trem” bobo, sô!

E pronto! Ninguém falou mais nada.

Na verdade, eu acho, todos estávamos pensando a mesma coisa. O quê fazíamos ali? O que havia de tão interessante? (outra nota da Nádia: BARRO, só tinha barro, e vermelho!!)

Quase nada...mas o fato de estarmos de férias e todos juntos fazendo um passeio qualquer era o que deixava toda a coisa mais emocionante.

Enquanto comíamos nossos lanches, conversávamos e contávamos histórias.

A tarde terminou e descemos a ladeira de volta pra casa, algumas vezes implicando uns com os outros, rindo, brincando...

E tudo isso valeu a pena!

Comentário da Nádia: E da vez que a Ane queria subir aquele morro que ficava do outro lado do ribeirão?!?! Chegamos até a atravessar a pinguelinha cantando aquela musiquinha “fui passar na pinguelinha, chinélin (coisa de mineiro) caiu do pé, os peixinhos reclamaram, que catinga (mais uma coisa de mineiro) de chulé!!”, pois é, mas quando chegamos mais perto do morro, descobrimos que era um pasto e o mato era muito alto... ficamos com medo das vacas e bois e de encontrar cobra pelo meio do caminho... e voltamos pra casa da vó... e quando passamos pela pinguelinha?!?!?!?!?!? Não, ninguém caiu, foi só a musiquinha de novo...

Texto inicialmente publicado em 01 de dezembro de 2003.

Nosso Natal na Roça!!!

Tudo começou quando minha mãe comprou um armário pro quarto dela no século passado e a entrega foi marcada justamente pro dia em que íamos viajar... Pensando bem, tudo começou quando o Samuel casou com a minha irmã e já não cabia mais a família inteira em um carro só...Nada contra o Samuel, ele tem uma "paciência de Jó" pra dar quantas viagens forem necessárias pra levar a "Vazaiada" onde for preciso!!

Pois é, depois de tentar de todas as formas um jeito pra conseguir um carro que estivesse com os documentos em dia e pronto pra viajar (na mesma proporção que de " 8 gatos em 10 preferem Friskies" no Rio, 2 em cada 3 carros andam com documentos irregulares, de acordo com a pesquisa realizada por nossos profissionais...) resolvemos levar uma saveiro, o que foi muito bom, pq por pouco faltava espaço pra levar tanta tralha pra Fabriciano.

A viagem de ida foi tranquila, fora a Elisa perguntando de cinco em cinco minutos se já tinha chegado na casa da bisa, o intervalo entre as perguntas foi diminuindo quando eu contei todos os atrativos que existem na casa dela, consegui achar mais atrativos na casa da bisa do que em Fabriciano inteiro (até eu chegar lá...). Como de costume, paramos em um dos "verdadeiro pão com linguiça" da estrada e mandamos ver... Uma paradinha pra Júnia fazer xixi, outra pra Elisa, a Tina resolve comer mais um pedaço de pão com linguiça embrulhado pra viagem... mais uma troca de gente de carro... Cheirinho de linguiça no ar...roda, roda, passou um velhinho vendendo manga, eu no carro de trás com o Samuel, no próximo velhinho garanto que a mãe para... parou!! Mais uma caixa de manga pra caminhonete e mais uma troca de carro!! Roda, roda. Ipatinga e os papos de sempre, "que Ipatinga é mais bonita que Fabriciano, que a Usiminas reflorestou, que a Xuxa ficou naquele hotel, que agora começa a parte feia, que chegamos a Fabriciano, que o CTCF está a mesma coisa..." e finalmente a casa do Tiãozinho onde já tinha um churrasco esperando por nóis uai!! E manda ver carne de porco com gordurinha pingando e manga quente... e a mãe correndo pro banheiro repetindo "não sei pq eu tô passando mal..." e a Elisa querendo ir na casa da bisa, o Samuel imitando mineiro e falando "tá jóia?!" pra todo mineiro que ele encontra pela frente, a Tina comendo, a Júnia explicando o cabelo vermelho dela pra vó, o pai contando a história da viagem pro Tião e eu fui pro sofá dormir...

E fomos pra casa da Losa. De lá eu e a Júnia fomos pro centro de Fabriciano fazer compras. O Edir implicando perguntando se nós duas estávamos com medo de nos perder em Fabriciano... Por incrível q pareça, dá pra fazer compras lá e mais incrível ainda, um dia é pouco pra tanta promoção e preço baixo. E uma vendedora se assustou quando soube que morávamos no Rio e soltou um "e vocês vieram passar o Natal aquiiiii?!?!?!" e a Júnia perguntando qual o ônibus que pegava pra ir da OZ até a Biboca, que fica no alto do morrinho...Depois das compras, retorno pra casa da Losa, banho e arrumação pra ceia de Natal na casa do Edir.

E fomos!! E aquela Vazaiada reunida, imagine a barulheira daquela mulherada na cozinha, o Éder já meio alto de cerveja confundindo a Júnia comigo o tempo todo e lembrando que a "Lidiane era loirinha" e contando histórias do século passado, o Loso assustado com o cabelo vermelho da Júnia, lembrando da Eline comendo bife na calçada, falando que o "Biscoito" tá muito chique viajando pela Europa afora e dizendo que devia ter levado as fotos dele na França pra ficar chique tbm! A Érika tirando foto, o Danilo tbm, a Eline reclamando do Thiago ou da Kemylle ou de mais alguém, a Júnia ligando pro Igor (que não foi pq estava viajando com a Elane), A Tina passando mal de fígado sem entender (pq será?!?!?) e acabando com o sal de frutas, epocler e o que fosse pra poder melhorar e comer mais, "pq cê acha que eu vou ficar sem comer a ceia de Natal??" E chegou a tão esperada hora... E o Samuel dá uma Palavra, o Misael completa e ora e o povo come...E tira mais foto, e o Serginho liga dos EUA e fala com um misterioso sotaque gaúcho com todo mundo que passa pelo telefone e a mãe começa a falar que não reconhece as filhas pq estamos sentadas conversando ao invés de lavar vasilha e lá vai eu pra pia com a Eline pra lavar prato. A Érika "fofocando" com a Losa sobre a nova namorada de um dos tios e a Menininha liga e fala mais um tanto. E tira foto dos primos, e tira foto dos tios e o barulho da Vazaiada vai diminuindo a medida que o povo vai indo embora, e o Samuel estressa pra poder levar o povo de volta pra casa... E viu a Família Vaz que era bom. Esse foi o primeiro dia!!

O dia dedicado a Botelhada!! Churrasco o dia todo na casa do Tiãozinho e só ia chegando primo, tio e agregados...E conta causos e o Samuel se esbaldando com tanto mineiro pra imitar e o Vitinho pra conversar e o povo comendo e a Tina tbm!! A vó fazendo roupinha pras bonecas da Elisa e a mulherada daqui de casa vendo as colchas de retalho e outras tantas que a vó vende e eu escolhi duas!! Uma paradinha na casa da Marlene e Michele pra ver o Filipe Augusto e tirar fotos e escutar mais causos e ver fotos e ouvir histórias da gravidez e rir mais um tanto... e de volta pro churrasco e a mulherada combinando uma sopa de galinha caipira na casa da Ná na noite seguinte e a viagem de volta no dia 26 já tinha ido pras cucuias... A Gláucia e a mãe fazendo a lista das pessoas e calculando umas 15 galinhas pra comprar e achando que ainda era pouco!! O Marcelo, Vitinho, Gláucia, Tina, Tião, Giselle, Lúcia, Júnia e eu apresentando pro Samuel as histórias do Marco Antônio que era maluquinho e a Gláucia matando o Marco Ântonio, já q ninguém tinha notícias dele... Na sala a Losa ensinando a fazer um macarrão de 5 minutos e eu com vontade de comer alguma coisa q não fosse carne e me convidando pra comer macarrão na casa dela no dia seguinte. Almoço marcado, macarrão pra todo mundo na casa da Losa no dia 26 ... E viu a Família Botelho que era bom. Esse foi o segundo dia!!

Macarrão na casa da Losa!! As histórias sem fim da Losa. O Misael oferecendo música pra Elisa e pro Samuel na rádio.O almoço. A Érika e Eline. A Eudes rindo, Dudu, Kelinha e Maurício. Mais causos. Bolo de milho com maracujá. Eu com raiva pq me prometeram mais compras em Fabriciano e me enganaram...A Tina comendo. Chuva. O Igor e a Elane. E o povo todo combinando de ir pra casa da Ná comer a tão esperada sopa de galinha... A chuva caindo e a gente esperando no carro do pai... Cinema mudo da Losa, Kemylle e Igor na chuva. O carro do Samuel que não pega, o Igor empurrando o carro... A caravana atrás do pai rumo a Timóteo!! Em Timóteo o pai errou o caminho e o Samuel tbm, a Elane foi certo e se perdeu do povo... Encontro com a Elane lá na frente... Mais uma errada do pai que cismou "que fecharam a rua..." e finalmente chegamos!! E dá-lhe primos e tios e mais causos, e vem a sopa, e a Tina toma 3 pratos e tira foto e filma e o Samuel arranja um violão e começa a cantar e sobra sopa e a Ná e a Vó manda o povo "recomer" (e olha que fizeram só 7 galinhas...) E despede lá atrás e vai pra sala e conversa mais e despede na sala e vai pra varanda e conversa mais e despede na varanda e vai pra rua e conversa mais e despede na rua e vai pro carro e do carro vai pra casa dormir pq no outro dia tem que acordar cedo pra viajar... E viu a Família Vaz-Botelho-Buscapé que era bom. Esse foi o terceiro dia!!

Viagem de volta. A Elisa ganhou uma viola (como ela mesma diz...) e passou praticamente a viagem toda cantando a música da vaca Rebeca e tocando e compondo... Mais pão com linguiça e mais música da Elisa. Na serrinha de Teresópolis a Elisa disse q a voz dela estava "sumindo" e mastiga chiclete e boceja e ela continua "sem voz" e o vovô explica q quando ela chegar lá embaixo a voz volta e ela faz repente com a viola nova... e chegamos em Niterói...

Essa foi a nossa viagem pro Natal na roça!!! As fotos ainda vão ser reveladas e mandadas mais tarde...
Beijão e saudades...

Vocês fizeram falta!!
Nádia
Texto inicialmente postado por: NÁDIA VAZ Segunda-feira, Abril 28, 2003